Filósofo e matemático grego, provavelmente nascido em Atenas, fundador da Academia Ateniense, onde se reuniam ou para a qual afluíam os principais mestres e pesquisadores da época, entre os quais se destacou seu discípulo mais célebre Eudoxo de Cnido, embora ele próprio não tenha sido um notável criador nesta ciência e sim, um guia e inspirador do seu desenvolvimento, tornando-se conhecido como um criador de matemáticos. Escrevendo em grego foi o criador do platonismo, doutrina caracterizada principalmente pela teoria das idéias e dos números e pela preocupação com os temas éticos, com base no conhecimento das verdades essenciais que determinam a realidade visando toda meditação filosófica ao conhecimento do Bem, conhecimento este que supunha suficiente para a implantação da justiça entre os estados e entre os homens. Seu pensamento foi absorvido pelo cristianismo primitivo, dominando a filosofia cristã antiga e medieval, e, junto com seu mestre e amigo Sócrates e o discípulo Aristóteles, lançou os alicerces sobre os quais se assentaria as bases de toda a filosofia ocidental. Parece ter iniciado seus estudos filosóficos com o mestre sofista Crátilo, seguidor de Heráclito, antes de conhecer o célebre Sócrates (409 a. C.), do qual se tornou um quase adorador de seu mestre filosófico, este um crítico dos maus hábitos e dos governos de Atenas, o que causou sua condenação à morte. Após à morte de Sócrates (399 a. C.), compreendendo que Atenas havia perdido a liberdade de pensamento, deixou-a e foi viajar pelo mundo helênico, dedicando-se ao comércio e ao estudo por vários anos. Em Cirene estudou Geometria com o velho Teodoro e em Tarento tornou-se amigo do rei-geômetra Árquitas, com quem aprendeu a matemática dos pitagóricos. Em Mégara foi ao encontro de outro discípulo de seu mestre, Euclides. A convite de Dionísio I o Velho, foi a Siracusa, no sul da Itália, onde se relacionou com outros pitagóricos. Porém suas doutrinas irritaram o tirano que, ao que parece, mandou