PLATOON: A “VERDADE HISTÓRICA” ATRAVÉS DA REVISTA VEJA

O presente trabalho é fruto das discussões realizadas na disciplina “Trabalho e Conflitos Sociais” aliado ao projeto de pesquisa submetido ao Programa de Pós-Graduação em História da Unimontes. O projeto de pesquisa, ainda em desenvolvimento, se comprometeu a investigar as relações entre História e Cinema a partir de dois filmes do diretor Oliver Stone a cerca da "Guerra do Vietnã". Com o objetivo de aproveitar o projeto de pesquisa e o debate realizado por Raymond Williams sobre “os meios de comunicação como meios de produção”, nos propusemos a realizar uma análise do filme Platoon enquanto objeto de consumo. Para este estudo foram utilizados dois artigos publicados pela revista de informação Veja entre os meses de janeiro e março do ano de 1987, disponibilizados no seu acervo digital, sendo o mesmo período em que o filme foi divulgado no Brasil. Os sistemas de comunicação se tornaram um objeto de estudo cada vez mais apreciado pelos historiadores, com o intuito de compreender as relações sociais a partir do desenvolvimento midiático, este debate contribuiu significativamente para a expansão das fontes e de que a compreensão de um período histórico estaria relacionada diretamente as produções humanas dentro daquele tempo. O Estudo trabalha com a hipótese de que a revista se apropriou do impacto social que o filme teve no EUA, para promover o marketing de divulgação da obra no Brasil. Os dois artigos foram analisados simultaneamente, primeiro porque o espaço de publicação de ambos foi curto, e porque grande parte das informações se repete. Para a comprovação da hipótese central do estudo foi identificado que grande parte da argumentação da semanal se baseava na ideia de que o filme se apresentaria como uma “verdade histórica” seja através da relação existente entre a experiência de vida do seu diretor com a obra, das opiniões de quem esteve presente no conflito, e de personalidades do cinema e do sistema de comunicação norte-americano. As colações apresentadas por