Platao

892 palavras 4 páginas
A metáfora de Platão define a realidade como sendo composta de dois domínios, os quais são o domínio das coisas sensíveis e o domínio das idéias. Para ele a maioria da humanidade vive na infeliz condição da ignorância, ou seja, vive no mundo ilusório das coisas sensíveis as quais são mutáveis, não são universais e nem necessárias e, por isso, não são objetos de conhecimento. Este mundo das idéias, percebido pela razão, está acima do sensível (dominado pela subjetividade) que só existe na medida em que participa do primeiro, sendo apenas sombra dele. Mais tarde Aristóteles criticaria Platão dizendo que ele não havia questionado o que é participar.

O filósofo é aquele que, através de um processo dialético, se liberta das correntes, saindo assim da ignorância para a opinião e, depois, para o conhecimento. Estabelece portanto, etapas bem definidas e dolorosas.

É importante ressaltar que o autor faz uma analogia entre aptidão para ver e aptidão para conhecer, exercício da visão e exercício da razão e entre faculdade da visão e faculdade da razão. Há aí, também, uma relação entre o mundo visível e o mundo inteligível, sendo como já foi dito, o primeiro uma sombra do segundo. Feito isto, pode-se afirmar que, durante a descrição do mito, as fases pelas quais a visão do sujeito passa são as fases pelas quais passa a razão.

A primeira etapa é chegar à opinião (doxa), ilustrada pela subida do fundo da caverna até às imagens exteriores, tentando superar a inércia da ignorância (agnosis). O sujeito é ofuscado pela luz da fogueira sendo esta (a luz) a representação da verdade a qual lhe causa dor aos olhos que representam o órgão do conhecimento. Neste primeiro instante, ele não consegue distinguir muito bem o que está a ver mas com persistência e olhar investigativo contempla as formas bem definidas dos objetos que geram as sombras do fundo da caverna. Então ele atinge o conhecimento (episteme). Mas a investigação não acaba por aí. A busca

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