Plataformas logísticas
Plataformas Logísticas: características e tendências para o Brasil
Alessandra Fraga Dubke (PUC-Rio e CEFET-ES e UVV) afdubke@terra.com.br Fabio Romero Nolasco Ferreira (PUC-Rio e UVV) fabio.romero@terra.com.br Nélio Domingues Pizzolato (PUC-Rio e UFF) ndp@ind.puc-rio.br
Resumo O objetivo deste artigo é identificar os conceitos e características das plataformas logísticas mundiais e sua analogia com terminais existentes no Brasil. Inicia-se apresentando os diversos conceitos estabelecidos na literatura para operadores logísticos, abordando como a fragmentação dos processos logísticos impulsionou a sua criação que, por conseguinte, utilizam as plataformas logísticas como locais de operação. Também são descritas as relações das plataformas logísticas com os conceitos de terminais intermodais, aeroportos e portos hubs. Por fim, são dados exemplos de plataformas logísticas européias e de terminais brasileiros com potencial de se tornarem plataformas logísticas. Palavras-chave: Plataformas logísticas, Operadores logísticos, Terminais intermodais.
1. Introdução No início dos anos 80 surgiu na literatura o conceito de cadeia logística ou Supply Chain Management (SCM), que rapidamente ganhou ampla notoriedade (LAMBERT et al., 1998). Sua importância provém de um conjunto de fatores cujo foco principal é a crescente fragmentação dos processos logísticos, impulsionada pelas atividades terceirizadas, em contraposição à estrutura tradicional de empresas verticalizadas. Assim, na logística integrada observa-se a proliferação de múltiplos agentes e empresas especializadas em partes específicas do processo. Segundo Booz, Allen & Hamilton (2001), outro fator que também vem provocando o crescimento da terceirização das operações logísticas é a onda de fusões e aquisições no Brasil, especialmente nas indústrias de varejo e de bens de consumo. Dentro de um contexto pós-fusão, as empresas analisam e integram