PLAT O
O conceito grego de 'forma' precede a linguagem atestada e é representado por diversas palavras relacionadas principalmente com a visão ou a aparência das coisas. As principais palavras, εἶδος (eidos) e ἰδέα (ideia), vêm da raiz proto-indo-europeia *weid-, "ver".1 A palabra eidos é atestada em textos do período homérico, o mais antigo da literatura grega. Igualmente antigo é o termo μορφή (morphē), "forma", de origem obscura.2 O termo φαινόμενα (phainomena), "aparências", de φαίνω (phainō), "brilho", do indo-europeu *bhā-,3 era um sinônimo.
Os filósofos pré-socráticos, desde Tales, notaram que a aparência das coisas mudava e começaram a se perguntar o que a coisa que muda realmente é. A resposta é: substância - aquilo que permanece, mesmo na mudança, seria a coisa realmente existente. Então, o conceito de aparência foi questionado: o que seria a forma e como estaria relacionada com a substância?
Platão usa outras palavras para designar aquilo que é tradicionalmente chamado forma ou ideia: idéa, morphē, eîdos e parádeigma, além de génos, phýsis e ousía. Segundo a teoria platônica, as formas (ou ideias), que são abstratas, não materiais (mas substanciais), eternas e imutáveis, é que seriam dotadas do maior grau de realidade - e não o mundo material, mutável, conhecido por nós através das sensações. As formas ou essências das coisas seriam independentes dos objetos comuns - cujo ser e cujas propriedades participariam das essências, porém num grau inferior. Platão fala dessas entidades através dos personagens dos seus diálogos