plasticidade neural
Identidade é metamorfose, um processo de constituição do eu que promove constantes mudanças pelas condições sociais e de vida que o indivíduo está inserido. No processo de constituição da identidade, os papéis que o indivíduo assume ao longo de sua vida fazem parte de sua construção, partindo de uma identidade pressuposta. A identidade é posta e reposta continuamente, pois o indivíduo vivencia ao mesmo tempo vários papéis, o que o torna um personagem da vida, que sempre se metamorfoseia de acordo com as condições históricas e sociais a que está submetido
Sendo a subjetivação formada por processos sociais, ressaltam a importância dos outros significantes (outras pessoas) como agentes de confirmação da identidade, elemento-chave da realidade subjetiva, visto que a identidade também se encontra nesse processo dialético entre indivíduo e sociedade. Os indivíduos estão sempre em um processo de interação e ressignificação, ou seja, de ressocialização, que se realiza sempre no contexto de uma estrutura social específica. O ponto de partida para esse processo é a interiorização, ou seja, como o indivíduo apreende ou interpreta uma manifestação subjetiva do outro e a transforma em algo significativo para si mesmo.
A identidade social é caracterizada essencialmente pela forma como nós próprios nos vemos, ou seja, é um sentido do “eu” conjugada com a forma como os outros nos vêem.
Quando nos autocaracterizamos estamos ancorados num determinado modelo com o qual nos identificamos, quer isto dizer que a identidade social requer um certo grau de escolha, ao mesmo tempo que exige um nível de consciência.
Estudos da década de 60 e 70 revelavam que a identidade estaria ligada a estruturas tradicionais de classe, não sendo, portanto, algo individual mas coletivo, intimamente ligada ao fato de um indivíduo pertencer a uma determinada classe social e em que todos os