PLASMA: O QUARTO ESTADO DA MATÉRIA o ano de 1929, Tonks e Langmuir [1] estudavam as ocilações em gases ionizados e observaram que o íons positivos se comportavam como uma espécie de “gelatina rígida” à medida que os elétrons oscilavam. Um comportamento um tanto parecido com o sangue humano, onde os corpúsculos se movem através do plasma sanguíneo. É possível então que a partir dessa analogia, os dois pesquisadores usaram o termo plasma, para designar a porção do gás, objeto de estudo, que apresentava elevadas densidades de íons e elétrons, porém substancialmente iguais. Nesse mesmo ano, Tonks e Langmuir desenvolveram então uma teoria acerca desse comportamento [2]. Com isso, surgiu uma nova área na Física, a Física dos Plasmas.Frequentemente classificamos a matéria existente no Universo em quatro estados (estados físicos ou estados de agregação), a saber: Sólido, líquido, gasoso e plasma. A diferença entre os estados sólido, líquido e gasoso reside na força de agregação (potencial de ligação) entre as partículas que compõe o sistema. Aquecendo um sistema que se encontra no estado sólido ou líquido, suas partículas adquirirão mais energia cinética até ser possível vencer o potencial de ligação que as uniam, ocorrendo então, uma transição de fase e.g.: líquido ® gasoso. As transições de fase ocorrem essencialmente à temperatura constante. Se mais energia térmica for fornecida para o sistema, as moléculas desse poderão se dissociar tornando-se um gás de átomos, resultado das colisões que ocorrem entre as partículas com energia térmica superior ao potencial de ligação molecular. À temperaturas extremamente elevadas, devido às colisões, é possível então obtermos um gás ionizado, ou plasma. Mas a transição que ocorre do estado gasoso para plasma não é propriamente uma transição de fase, pois a mesma ocorre com variação de temperatura. Como o estado de plasma possui propriedades distintas dos