Parlamentarismo

O Parlamentarismo foi produto de longa evolução histórica, não sendo prevista e não se constituindo fruto de movimentos políticos, tendo suas características se cristalizando através de seiscentos anos, do século XIII ao final século XIX. No ano de 1213, João Sem Terra convoca quatro cavaleiros, discretos de cada condado, para conversar sobre assuntos do reino, em 1265 um nobre Francês chamado Simon de Montfort chefia uma revolta contra o rei da Inglaterra, Henrique III, creditando-se como o verdadeiro marco inicial do parlamentarismo a reunião organizada por Simon, reunindo pessoas de igual condição política, econômica e social. Com a morte de Simon no mesmo ano, continuou a praxe de se reunirem cavaleiros nobres (que não eram pares do reino), cidadãos e burgueses, em 1295 o Rei Eduardo I oficializou essas reuniões, consolidando a criação do parlamento. O parlamento iniciou com grande prestígio, vindo posteriormente a sofrer as consequências do absolutismo, como a perda de autoridade, levando séculos para poder se impor frente aos monarcas, o que só ocorreria no século XVIII. Mas somente ao fim do século XVIII o parlamentarismo veio a conhecer sua verdadeira face em consequência de lutas políticas, familiares e religiosas. A revolução Inglesa, com seu ápice em 1688 – 1689, teve com consequência a expulsão do Rei católico Jaime II (Rei católico), substituído por Guilherme de Orange e Maria (protestantes), sendo Maria filha de Jaime II, consolidando-se o parlamentarismo como a maior força política Inglesa, alterando inclusive a linha de sucessão, excluindo dessa o ramo católico dos Stuart, o que mais tarde traria sérias consequências. Durante o reinado de Guilherme e Maria, bem como o de sua sucessora, a Rainha Ana, estabeleceu-se a convocação pelo soberano de um “Conselho de Gabinete”, que era um corpo restrito de conselheiros privados que regularmente eram consultados sobre assuntos de relações exteriores. Quando da morte da Rainha Ana, em 1714, o príncipe alemão