Planos de reformas monetárias no brasil
Plano Cruzado 1:
Criado pelo governo José Sarney no final de fevereiro de 1986, o Plano Cruzado foi idealizado por Dilson Funaro, então ministro da Fazenda. O plano fez uma reforma monetária: cortou três zeros do Cruzeiro e substituiu-o por uma nova moeda, o Cruzado. Congelou os preços por um ano e também os salários, pelo valor médio dos últimos seis meses acrescido de um abono de 8%. Previu, ainda, o chamado "gatilho salarial": toda vez que a inflação atingir ou ultrapassar 20%, os assalariados teriam um reajuste automático no mesmo valor, mais as diferenças negociadas nos dissídios das diferentes categorias. O Plano Cruzado extinguiu a correção monetária e criou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para corrigir a poupança e as aplicações financeiras superiores a um ano. O Plano Cruzado teve efeito imediato de conter a inflação e aumentar o poder aquisitivo da população.
Entre as principais medidas estavam:
- Congelamento de preços de bens e serviços;
- Reforma monetária, alterando a moeda que passou a se chamar cruzado;
- Congelamento dos salários pela média de seu valor dos últimos seis meses e do salário mínimo em Cz$ 804,00;
- Criação de uma tabela de conversão para transformar as dívidas contraídas em uma inflação muito alta em dívidas contraídas em uma economia de inflação praticamente nula;
- Criação de um tipo de seguro-desemprego para quer fosse dispensado sem justa causa ou em virtude do fechamento de empresas;
- Salários passam a ser reajustados pelo chamado gatilho salarial, que estabelecia o reajuste automático dos salários sempre que a inflação alcançasse 20%.
Plano Cruzado 2:
O Cruzado II foi um pacote fiscal que acabou por fornecer uma válvula de escape para toda a inflação reprimida durante o congelamento de preços. O Plano pretendia controlar o déficit fiscal aumentando a receita tributária. Permanecia o gatilho salarial, porém, os índices de inflação eram "ajustados" de modo a