Plano real
Sempre que se tem a ideia de combater as consequências de uma crise, se fala em planos econômicos, porém isso é um erro, pois o que se deve fazer é combater as causas e combater através de tentativas milagrosas de gerenciar a economia a partir de pressupostos conjunturais de curto prazo, o que vem resultado ao longo do tempo, num processo de causa e efeito, assim fazendo com que os objetivos reais da economia fiquem cada vez mais conflitantes.
Se formos analisar historicamente, a economia brasileira se manteve durante quatro séculos direcionada para os interesses e necessidades da Metrópole, sendo, dessa forma, uma economia fornecedora. A qual era guiada por ciclos econômicos, gerando assim a formação de sociedades diferenciadas consoante com o ciclo predominante.
O Brasil é caracterizado como produtor e fornecedor de insumos agrícolas construíram a sua sustentação econômica na produção agrícola, exportando produtos primários e importando produtos manufaturados, sendo, pois, uma economia primário-exportadora. Onde as exportações representavam a fonte de renda e a base do crescimento, enquanto as importações eram as encarregadas pelo suprimento das necessidades demandadas.
Sendo assim, a formação de um perfil primário-exportador, mantido por poucos produtos, tornou a economia brasileira vulnerável às crises internacionais e suscetível às variações dos modos de produção e de consumo dos países desenvolvidos.
A partir desse diagnóstico sentiu-se a necessidade da formulação de planos econômicos, a fim de que fosse realizado um planejamento que permitisse uma maior estabilização da economia brasileira.
No ano de 1939, o governo passou a se preocupar em gerenciar e dimensionar o modelo econômico, assinalando e normatizando as formulações econômicas, participando ativamente da economia como agente produtor e consumidor, ou então interferindo somente como regulador.
De 1939 a 1956 aconteceram transformações relevantes no sentido e no alcance das