Plano Real
INTRODUÇÃO
O programa brasileiro de estabilização econômica é considerado o mais bem-sucedido de todos os planos lançados nos últimos anos para combater casos de inflação crônica. Combinaram-se condições políticas, históricas e econômicas para permitir que o Governo brasileiro lançasse, ainda no final de 1993, as bases de um programa de longo prazo. Organizado em etapas, o plano resultaria no fim de quase três décadas de inflação elevada e na substituição da antiga moeda pelo Real, a partir de primeiro de julho de 1994.
A partir daí, a inflação foi dominada sem congelamentos de preços, confisco de depósitos bancários ou outros artificialismos da heterodoxia econômica. Em conseqüência do fim da inflação, a economia brasileira voltou a crescer rapidamente, obrigando o Ministério da Fazenda a optar por uma política de restrição à expansão da moeda e do crédito, de forma a garantir que, na etapa seguinte, o Brasil possa registrar taxas de crescimento econômico auto-sustentáveis, viabilizando a retomada do crescimento com distribuição da renda.
Criado por FHC durante o Governo de Itamar Franco. A principal medida do plano foi criar uma nova moeda, o Real. Só que esse real passava a valer um pouquinho mais do que o dólar americano! Com a moeda brasileira supervalorizada, ficou fácil importar. As empresas aproveitaram para comprar máquinas, equipamentos e matérias-primas mais baratas.
A inflação no país prejudicava a maioria da população. Os preços aumentavam diariamente, mas você só recebia o salário no final do mês. Ou seja, a cada dia, o dinheiro que você tinha no bolso estava sendo desvalorizado. Para o pessoal da classe média, dava para se defender um pouco jogando em fundos de aplicação financeira (FAFs), que rendiam juros diários. Mas para a maioria do povo, sem conta em banco, os valores do dinheiro eram consumidos pelas altas de preços.Com o Real, a concorrência dos produtos estrangeiros que agora eram baratos, forçou os fabricantes brasileiros