Plano Real
Joao Paulo Chaves Rocha
RA – A6866F-4
Curso superior de tecnologia de Comercio Exterior
Universidade Paulista UNIP
Disciplina de Teoria e práticas Cambiais
RESUMO
Em matéria de política cambial, cada país terá, a cada conjuntura, suas razões para colocar em prática o que melhor lhe parece. Neste momento, o desafio que se apresenta ao governo Dilma Roussef é conter a valorização do real, dadas suas implicações no processo de desenvolvimento econômico brasileiro. Deixado ao livre sabor do mercado, o efeito de novas valorizações poderia ser devastador para a economia brasileira. É claro que um dia a situação tenderia a se ajustar, em resposta ao crescente déficit em conta corrente, mas o estrago já teria sido muito grande.
INTRODUÇÃO
As primeiras medidas do governo no campo da política cambial foram anunciadas pelo Banco Central (BC) na primeira semana de janeiro de 2010. O presidente do BC, Alexandre Tombini, as classificou como de natureza prudencial.
É possível que a referida medida coincida com uma reversão na tendência da taxa de câmbio do real frente ao dólar. Como bem lembrou Tombini, ao anunciar a medida (recolhimento ao BC do que exceder US$ 3 bilhões de posições vendidas dos bancos no mercado futuro), no sistema de câmbio flutuante, a taxa pode ir para baixo ou para cima. Depois de tanto ir para baixo, entretanto, é normal que se desenvolva a crença de que o movimento será sempre no mesmo sentido. Neste caso, as apostas no mercado financeiro acabam contribuindo para pressionar por novas valorizações do real. É o que estava acontecendo. Não custa lembrar, entretanto, que grandes prejuízos já foram impostos a quem fez apostas equivocadas sobre o comportamento futuro da taxa de câmbio.
1. Política cambial e crescimento econômico
O principal recado que o governo está passando, já há algum tempo, tanto no âmbito do Ministério da Fazenda quanto do BC, é que não se deseja valorizações do