Plano real
Em julho de 2009 o Plano Real completou 15 anos de uma história de sucesso. Apesar de a maioria dos jovens de hoje, muito provavelmente, não ter a menor idéia do que foi o Real, ou se ouviu falar foi como algo remoto que tem a ver com a vida de seus pais e com os livros de história, o Real está presente no cotidiano de todos nós. O Plano Real mudou o Brasil de uma forma que, creio, até mesmo os seus criadores dificilmente poderiam imaginar. Ao eliminar a chaga da inflação, que corroia as finanças do país e da população, atingindo principalmente aos trabalhadores e aos mais carentes, o Real promoveu a maior distribuição de renda vista até então neste país. Mas não foi apenas renda, distribuiu também cidadania e resgatou nossa auto-estima, fazendo com que as pessoas passassem a concentrar seus esforços na busca de novas oportunidades e adquirissem a consciência de seus direitos, ao invés de ficarem lutando diariamente contra a corrosão da moeda. O tripé que sustenta o Plano foi erigido nos governos FHC. A responsabilidade fiscal, iniciada em 1995, com a reestruturação da dívida de estados e municípios, foi aperfeiçoada em 1998, com as metas de superávit primário, e com a Lei de Responsabilidade Fiscal promulgada em 2000. O câmbio flutuante, de início tumultuado com a crise de 1999 e o fim da paridade dólar/real, firmou-se ao longo do tempo, apesar das constantes reclamações daqueles setores que haviam se acostumado com a proteção cambial. Finalmente, O regime de metas de inflação, que tem sido o farol a balizar o dia a dia da nossa economia e das empresas. Outras medidas importantes também foram corajosamente adotadas, voltadas à modernização da nossa economia e à criação de um novo ambiente que estimulasse investimentos e tirasse o Brasil do marasmo e da estagnação com que havia se acostumado. O Governo FHC promoveu a abertura da economia com a adoção de regras fiscais mais claras, a retirada do Estado de áreas importantes da