Plano estrategico
ESTUDOS DE CASO COMO OPÇÃO DE PESQUISA EMPÍRICA EM OPERAÇÕES
João Mário Csillag joao.mario.csillag@fgv.br FGV-EAESP Ricardo Martins martins@cepead.face.ufmg.br UFMG-CEPEAD Marcos André Mendes Primo marcos.primo@ufpe.br UFPE-PROPAD
InTRODUÇÃO
A área de Operações e Gestão da Cadeia de Suprimentos (O&SCM) tem sido fortemente influenciada pela pesquisa quantitativa, especialmente por modelos de pesquisa operacional e modelos estatísticos oriundos da aplicação de surveys. A nossa área difere de outras áreas de pesquisa pelo fato de incluir tanto elementos físicos quanto humanos (Drejer, BLACKMON, VOSS, 1998). Nesse contexto, a pesquisa quantitativa não consegue captar todas as variáveis que envolvem o atual ambiente de produção, marcado pelas condicionantes externas, flexibilidade na produção, relações interorganizacionais, alta competitividade e aspectos humanos. Focalizando as publicações de três dos maiores jornais da área no período 1980-2006, Pilkington e Meredith (2009) afirmam que tem havido uma mudança no foco de pesquisa de tópicos específicos e
táticos para tópicos mais gerais e estratégicos, passando pela inclusão de novos métodos e técnicas de pesquisa. De acordo com Rocha (2005), a aplicação mais óbvia da pesquisa qualitativa seria no estudo de processos os quais se caracterizariam pela “existência de grande número de fatores intervenientes, em que as relações entre os fatores são complexas e desconhecidas”, o que é típico da área de O&SCM. Apesar do potencial de aplicação da pesquisa qualitativa, existem problemas para a sua difusão na área de O&SCM. Além da pouca familiaridade dos pesquisadores da área com os procedimentos metodológicos da pesquisa qualitativa, existem a desconfiança quanto à cientificidade dessa pesquisa, especialmente pelo domínio do paradigma positivista dos pesquisadores na área, e o receio das possibilidades diminutas de publicação internacional utilizando esse tipo de pesquisa.
A fim de discutir esses pontos, a