Segundo o artigo “O Planejamento no Brasil: Observações sobre o Plano de Metas ”, de Celso Lafer, o plano de metas foi a primeira experiência efetivamente posta em prática de planejamento governamental no Brasil. Já que em meados dos anos 40 o Brasil obteve diversas tentativas de coordenar, controlar e planejar sua economia e ficaram apenas em projetos, tentativas, diagnósticos sem sucesso. O processo de planejamento do nosso país durante os anos de 1956-1961 teve-se dividido para análise em três fases: a decisão de planejar, o plano em si e a implementação do plano. A decisão de planejar e a implementação do plano, são essencialmente decisões políticas, pois são tentativas de alocar os recursos e valores através do processo de planejamento, da melhor maneira política e administrativa. Já o plano em si,pode ser examinado em um âmbito técnico, pois, pode ser analisado a luz de critérios econômicos , na qual testa sua consistência interna e a compatibilidade de seus recursos. Esse período da história brasileira, 1956-1961, se insere em uma época marcada pela ampliação da participação política e grandes mudanças na distribuição ocupacional e urbana da população do Brasil. Kubitscheck que era o eleito desse período, queria solucionar o problema da crise como novas medidas, que segundo ele, era uma crise de crescimento e uma vigorosa política de industrialização, seria necessária. O Governo assim convocou uma equipe de técnicos que reformularam e desenvolveram uma série de conceitos para esse planejamento. Desses conceitos surgiu a percepção da importância dos cinco setores abrangidos pelo Plano de Metas: energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação. O detalhamento desses setores em metas operou-se graças a utilização conjunta desses conceitos. O ponto de estrangulamento que tem como conceito a percepção de que existiam certas áreas de demanda insatisfeitas que estrangulavam a economia, justificou basicamente o planejamento dos setores