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Uma tragédia que se repete
(Fonte: Jornal Gazeta do Povo - 23/6/2010)
A imagem de terra arrasada do pequeno município de União dos Palmares, Alagoas, atingido pela enchente avassaladora que afeta estados do Nordeste, publicada pela Gazeta do Povo e grande parte dos jornais do país na primeira página, ontem, comoveu os brasileiros pela violência das águas. Além de destruir totalmente a cidade e afetar gravemente outros 30 municípios, as chuvas causaram a morte de dezenas de pessoas e o desaparecimento de pelo menos outras 600 – 500 delas somente em União dos Palmares. Esse era o triste primeiro balanço da enchente em Alagoas e Pernambuco, os estados mais atingidos, que deixaram sem casas, até agora, outras 120 mil pessoas.
A defesa civil comparou o rastro de destruição da força das águas, em União dos Palmares e outros municípios ao longo de uma faixa de 60 km às margens do Rio Mundaú, em Alagoas, à tragédia da tsunami na Ásia, que ceifou milhares de vidas e aniquilou cidades costeiras. Não é para menos. Os dramáticos depoimentos de testemunhas dão conta de que, nesse estado, a situação é totalmente desoladora.
Famílias destruídas buscam nos meios dos destroços os corpos de seus entes queridos. Não há água potável. Os moradores estavam bebendo água salobra. Muitos feridos ficaram sem atendimento médico adequado. A energia elétrica foi interrompida por mais de um dia. As estradas interditadas. E o socorro demorou a chegar. Em Pernambuco, o cenário não era diferente. Especialmente no município de Palmares, no Sul, com o transbordamento do Rio Una. São milhares os desabrigados. A força da correnteza destruiu duas pontes, provocando a total interdição da BR-101.
O que se vê nesses dois estados nordestinos é uma tragédia anunciada. A mesma que assolou Santa Catarina e Minas Gerais, em 2008, que atingiu com menos gravidade alguns