Plano de ação

A mucuna é originária das Antilhas, existindo diversas espécies e variedades dessa leguminosa. As mais conhecidas são a mucuna rajada ou feijão cacau, a mucuna preta e a mucuna jaspeada, de sementes brancas. Todas essas espécies vegetam bem nos climas quentes, possuem caules longos, finos, flexíveis e volúveis, isto é, são trepadeiras.

Desenvolve-se bem em quase todos os tipos de solos, desde que não sejam muito pobres ou úmidos. Sua propagação é por sementes que são colocadas (2) em covas espaçadas de mais ou menos 1m e 5cm de profundidade. São necessários 20 a 40kg de sementes por ha.

Germinam com rapidez e, quando o terreno está molhado ou ocorrem chuvas, com 5 a 6 dias, as plantinhas já estão bem fora da terra. É uma planta anual, morrendo após a frutificação. Sendo cortada com 2 a 3 meses de idade, torna a brotar e dá um segundo corte. Da semeadura até a floração, o ciclo vegetativo da mucuna preta é de 5 meses, ao passo que o da mucuna rajada é de apenas 3 meses e meio.

Segundo testes realizados sob orientação do Ministério da Agricultura, a mucuna preta produziu 44.000kg de forragem verde, por hectare, em corte feito antes da floração. O rendimento em feno foi de 10.000kg e a quantidade de sementes limpas de 2.400kg.

Como forrageira verde é muito apreciada pelos animais, que devoram totalmente a planta, não só as folhas, como também seus caules. Serve para ser fenada embora perca, com facilidade, as suas folhas. É uma das melhores leguminosas para ser ensilada sozinha ou misturada com gramíneas.

É rica, principalmente, em proteínas, sendo indicada especialmente para animais em crescimento e fêmeas em lactação. Sua composição química é a seguinte, segundo análise realizada no DPA de São Paulo:

Componentes Planta muito nova % Antes da floração %

Umidade 82,12 82,94
Proteína bruta 4,81 3,16
Extrato etéreo 0,94