plano de aula
O ensino de Libras e as pessoas com deficiência auditiva tiveram tratamentos diferentes ao longo da história. No Egito, as pessoas acreditavam que por não falar, os surdos tinham a capacidade de se comunicar com os Deuses; na Grécia, eles eram condenados à morte porque não se encaixavam no padrão de perfeição da época que era a oratória e na Roma Antiga as crianças surdas eram lançadas no rio Tibre.
A partir do século VI, o Imperador Justiniano de Roma promulgou uma lei que considerava que apenas os surdos que falassem poderiam se casar, herdar fortunas e ter patrimônios. Foi nesse período que surgiu o ensino para os surdos. Porém, apenas os filhos de famílias abastadas tinham acesso à educação individual por meio de tutores. Esta educação estava ligada à preocupação das famílias em ter amparo legal para que os filhos surdos pudessem receber suas heranças. Para ensiná-los foi utilizado o primeiro alfabeto manual publicado por Pablo Bonet e adaptado pelo monge beneditino Pedro Ponce de Léon, que era tutor de crianças surdas. Como pode ser visto no quadro abaixo.
Primeiro Alfabeto Manual publicado por Pablo Bonet.
O alfabeto manual foi utilizado para o ensino individual até que as primeiras escolas de ensino público para surdos se iniciaram e realizaram a transição do ensino individual para o coletivo. Isso ocorreu entre 1760 e 1880 quando o francês Abade Charles Michel de L´Épée criou o método visual e oportunizou a formação de educadores surdos que se tornaram, posteriormente, em multiplicadores deste método e fundaram escolas no mundo todo.
Este método foi adotado no Brasil para a educação de surdos. A mistura entre a língua francesa de sinais e a língua de sinais utilizada aqui, deu origem a Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS influenciada pelo francês surdo Ernest Huet que fundou em 1857 a primeira escola para