Plano anual
A Era da Conexão
Vivemos em rede. Rede de amigos, de parentes, família, negócios, engendradas nos relacionamentos 'conversacionais' das pessoas comuns. A rede é o princípio de uma sociedade, que emerge quando a gentileza gera gentileza [Dimantas, 21]. Mas estamos vivendo um processo de intersecção. Não entre a cultura de massas e a cultura de rede, mas entre idéias e teorias diferentes.
David Weinberger entende a web como um mundo compartilhado que estamos construindo juntos. Esse processo de construção seria caracterizado por uma ruptura dos containers do tempo e espaço, ou a 'descontainerização da metafísica padrão'. Neste sentido, a internet pode ser entendida como um novo lugar. Um ambiente diferente. Internet não é apenas uma nova mídia, um canal de comunicação. Existe vida inteligente por trás do monitor colorido. E esse novo lugar é propício para as conversações, como conseqüência, para uma sociedade colaborativa.
Um novo bom senso emerge da imensidão dos hubs. Bom senso significa o estabelecimento de valores e regras que, por serem óbvias, ninguém presta muita atenção. Regras, consensos e referências estão mudando muito velozmente. Assim como a conquista do poder pelos consumidores digitais não era objeto do bom senso antes do aparecimento da Web, hoje desponta como um dos principais valores da nova economia. O bom senso está em efervescente mutação. Ainda tem muita coisa para acontecer, mas já podemos vislumbrar alguns sinais [Weinberger, 73]:
• Reputação. Nossas idéias, pensamentos, atos, profissionalismo e amadorismo devem ser coerentes com a verdade que publicamente transmitimos. A reputação está intimamente ligada a ética. E principalmente, com a ética hacker. E tem como resultante a validação do conhecimento dentro das comunidades. Howard Rheingold diz que a ‘reputação aponta para onde a tecnologia e a cooperação convergem (...) O mais duradouro efeito social da tecnologia vai além, sempre, da