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Se a Educação Física é, à feição de seu nascimento, ainda uma pedagogia, não pode ser ameaçada e até morta pelas ciências de que se alimenta. Tais ciências, instaladas em parte nos bacharelados e em parte nas licenciaturas, esmagam, oprimem, diminuem o espaço pedagógico. Matam sua razão de existir quando deveriam enriquecê-la. Tímida, a pedagogia encolhe-se. As avaliações da CAPES, a corrida desenfreada pela produção nos cursos de Pós-Graduação, os trabalhos de conclusão de curso, negligenciam o núcleo duro da Educação Física, que é a pedagogia. Trata-se de ensinar e aprender, de educar, isto é o que aponta seu nome de batismo.
Comprometida pelo próprio nome, a Educação Física não se afirmou como ciência, quando já seria ciência sendo pedagogia. Alimentou-se, sempre, das ofertas científicas de outras áreas, como a fisiologia, a psicologia, a biomecânica e a sociologia. Com isso, tentou ser forte, mas desmoronou, foi tolhida, coberta por essas áreas, e fragilizou-se. Não fez da pedagogia uma ciência, porque oprimida, e não escapou do engessamento de seu próprio nome. A história, porém, mostrou que, dentro da Educação Física, pressões aconteceram para que um corpo científico próprio se constituísse, além