Planejamento

Nesse ambiente de ensino-aprendizagem aprender e ensinar são dois verbos que nem sempre se conjugam juntos, ou seja, o aluno pode aprender algo “sem necessidade de uma intervenção social programada” (ensino), ocorrendo aprendizagem sem ensino, e da mesma forma o professor pode “ensinar coisas que seus alunos não aprendem” ocorrendo ensino sem aprendizagem. Essas são questões que nos levam a questionar o que de fato é boa aprendizagem. Para alguns especialistas em educação, é produzir mudanças duradouras, deve-se poder utilizar o que se aprende em outras situações e a prática deve adequar-se ao que se tem de aprender. A aprendizagem é um sistema complexo composto por três subsistemas que interagem entre si: “o que se aprende, como se aprende e em que se aprende”.

Isso remete para a importância dos planejamentos, pois é nele que as intenções e necessidades são previstas e analisadas para verificar se ocorreu a aprendizagem. Esse momento do programa mostra que ao planejar ações para a sala de aula, o professor deve selecionar situações ricas e diversificadas que proporcionem o desenvolvimento das habilidades e competências para ler, escrever, bem como para analisar e resolver problemas que valorizem o raciocínio, a comunicação de ideias e procedimentos sem desconsiderar conceitos e modos de pensar a ciência.

Para que isso aconteça é essencial que se conheça como ocorre a formação dos conceitos no processo ensino-aprendizagem das ciências. Para Vigotski, é o processo ensino-aprendizagem que deve promover o desenvolvimento do pensamento, pois “o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põem em movimento vários processos de desenvolvimento”. Ensinar por ensinar não surte tanto efeito quanto ensinar fazendo o aluno pensar no problema e na solução.

Em suma, planejar consiste em prever e decidir sobre o que pretendemos realizar; o que vamos fazer; como vamos fazer; o que e como devemos analisar a situação, a fim de verificar se o que