Planejamento e Gestão
CAPITULO 3
A tecnologia de computação e a inclusão digital A modificação das relações entre deficiente visual e a cultura pode ser definida com uma única frase: “um cego agora pode escrever e ser lido e ler o que os outros escreveram”. Explicando melhor: Conforme o IBC,97, a leitura e escrita das pessoas cegas, tradicionalmente, se faz através do método Braille . Entretanto, raríssimas pessoas que enxergam conseguem ler ou escrever Braille (muito menos com fluência). Isso isolava as pessoas cegas num gueto cultural: um cego só escrevia para outro cego ler. Ao precisar ler um texto com escrita convencional, era necessário alguém que traduzisse para Braille ou lesse o texto, provavelmente gravando em fita cassete.Embora uma pessoa cega pudesse escrever à máquina, o resultado quase sempre era ruim, pois era muito difícil corrigir ou escrever um texto, parar e depois voltar a escrever. A tecnologia de computação tornou possível o rompimento dessas barreiras e muitas mais.Com o uso de “scanners”, o cego pode ler escrita convencional (datilografada) diretamente.Através da Internet, qualquer documento de qualquer parte do mundo pode ser transmitido com um mínimo de esforço e custo muito baixo, e traduzido para “qualquer” língua. Desta forma, um texto do New York Times pode ser lido por um cego em português no mesmo momento em que o jornal sai nos Estados Unidos, em inglês, usando a tecnologia de tradução da web (ainda incipiente mas com rápido aperfeiçoamento).
Instrumentos eletrônicos podem ser conectados ao computador, e um cego consegue fazer arranjos orquestrais e imprimir partituras. Existem hoje inúmeros cegos investindo pesado nesta área [Wonder, 98].
Um cego pode desenhar, usando o computador.Um texto em Braille demorava horas para ser criado manualmente. Hoje demora minutos com o uso de impressoras Braille. Em síntese, o acesso