planejamento e gestao em serviço sociais 5º semestre
As companhias de Marx e de Freud: nem rivalidade, nem equivalência
Marxismo e Psicanálise – Trata-se de um estudo de psicologia social. Esforça- se apenas para indicar um problema político – a humilhação social Marxismo e psicanálise - Talvez a mais anódina entre elas, aparentemente insignificante, esta partícula é uma conjunção aditiva que merecesse desde já polarizar nossa atenção. No caso de marxismo ou psicanálise, supõe-se a concorrência entre dois regimes de investigação como se tivéssemos que nos dicidir entre duas “visões de mundo” ou “cosmovisões”. Já não se disse entre marxistas, que a Psicanálise contaria como “ideologia” ou como refinada e dangerosa expressão do individualismo moderno? Entre psicanalistas, que os militantes empenhariam em sua adesão ao socialismo as mesmas motivações de um neurótico qualquer, seu engajamento público nunca superando as compulsões de um sintoma? A Psicologia social, caracteriza-se não pela consideração do indivíduo, pela focalização da subjetividade no homem separado, mas pela exigência de encontrar o homem na cidade, o homem no meio dos homens, a subjetividade como aparição singular, vertical, no campo intersubjetivo e horizontal das experiências. Os temas da Psicologia Social, justamente, incidem sobre problemas intermediários, difíceis de considerar apenas pelo lado do indivíduo ou apenas pelo lado da sociedade. É este o caso para o problema da humilhação social. A humilhação vale como uma modalidade de angústia e, nesta medida, assume internamente como um impulso mórbido – o corpo, o gesto, a imaginação e a voz do humilhado. Esta situação intermediária, situação ambígua da humilhação, fenômeno externo-interno, é o que nos faz encontrrar tanto o Marx quando a Freud, beneficiando-nos do fato essencial de que tanto Marx atento ás determinções econômicas – quanto Freud – atento ás determinações