Planejamento social

PLANEJAMENTO SOCIAL

1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste esforço constitui-se em apresentar algumas reflexões acerca do Planejamento Social enquanto elemento essencial ao trabalho do Gestor Social.
Neste sentido, o presente trabalho se norteia pelas seguintes questões centrais:
a) Qual a função do planejamento social na realidade do gestor;
b) Como realizar um trabalho interdisciplinar;
c) Por que devemos levar em consideração a territorialização e a centralidade da família;
Para a construção deste breve trabalho, elegemos a Política Nacional de Assistência Social como fundamentação suficiente aos propósitos. Entretanto, não seria possível desenvolver as reflexões aqui contidas sem uma bagagem teórica precedente. Ainda que não tenhamos feito citações outras – além da própria PNAS – escolhemos por referenciar algumas produções indispensáveis e fundamentais no processo de construção desta bagagem, sem a qual, este trabalho não seria este trabalho.

2 PLANEJAMENTO SOCIAL
As frequentes crises do capitalismo sempre o colocam em cheque, enquanto modelo de organização da sociedade. Por outro lado, não fomos capazes de elaborar nenhuma resposta concreta e satisfatória. Assistimos aos projetos de economia planificada dos países socialistas abrirem caminho para regimes totalitários e ditatoriais, igualmente incapazes de atender suas demandas populares. Por este caminho, a tendência é que o capitalismo absorva a crise e se recupere quando o que urge, de fato, é a superação do sistema, e não um mero reajustamento. Nem o melhor conhecimento técnico será capaz de, sequer, questioná-lo, quanto menos superá-lo, se não vier acompanhado de forte politização.
Tradicionalmente a política estatal de assistência social foi conduzida segundo um viés moralizador/religioso, desprovido de qualquer valor técnico ou científico e com caráter político e cultural mistificado.
Na atuação do Gestor Social, o Planejamento Social cumpre a função de conferir aos serviços