Planejamento estratégico
Ambiente, FGV/USP, outubro de 2003.
Paulo Roberto Anderson Monteiro Mestrando da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis Alexandre Ramos Castro Mestrando da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis Victor Prochnik Professor do Instituto de Economia e do Mestrado em Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro SUMÁRIO 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 2 O BALANCED SCORECARD (BSC) 3 A INCLUSÃO DE ASPECTOS ESTRATÉGICOS DA GESTÃO AMBIENTAL NO BSC 4 O CASO DA SHELL BRASIL 5 CONCLUSÕES 6 REFERÊNCIAS RESUMO
O artigo discute a inserção da gestão ambiental no Balanced Scorecard (BSC) e faz um estudo de caso, analisando o uso do BSC na gestão ambiental da Shell Brasil. Na medida em que a gestão ambiental é uma atividade estratégica para a firma, o BSC deve conter indicadores ambientais. O artigo defende que a distribuição de indicadores ambientais pelas quatro perspectivas do BSC e/ou o ‘esverdeamento’ de indicadores originariamente não ambientais é mais interessante do que a alternativa de uma perspectiva exclusiva para o meio ambiente (nenhuma destas duas alternativas se opõe à formulação de um BSC para o departamento de meio ambiente). O BSC da Shell tem uma perspectiva isolada para o meio ambiente. Mas, com a crescente desconcentração da função de gestão ambiental, seu BSC vem sendo alterado, com a difusão dos indicadores ambientais pelas demais perspectivas, consolidando o processo de mudança. Por exemplo, o índice de resultado do negócio e, também, os índices individuais (determinantes do bônus anual), são compostos, em média, em 10%, por resultados de variáveis de desenvolvimento sustentado.