Planejamento anual
GEOGRAFIA
6º ANO
ESCOLA ESTADUAL “FRANCISCO CANDIDO XAVIER”
UBERABA, 2013
INTRODUÇÃO
A ênfase nos conceitos de território e territorialidade se justifica pelas demarcações de poder, legal e ilegal, nos espaços cotidianos vivenciados pelos alunos. Se por um lado eles percebem as relações de poder demarcando territórios, por outro não refletem sobre a historicidade e as escalas que mantêm tais relações. O estudo desses conceitos deve trazer à tona a possibilidade de compreensão de territórios como relações sociais projetadas no espaço, estáveis ou instáveis, podendo formar-se e dissolver-se em rápido intervalo de tempo, tendo existência regular ou apenas periódica, podendo ser contínuos ou não, conter um poder exclusivo ou não, como territorialidades flexíveis. Nessa perspectiva, território é um campo de forças, as relações de poder espacialmente delimitadas e operando, sobre um substrato referencial. Deve-se, para entender a noção, procurar nos cotidianos a compreensão de territórios como propriedade coletiva, pública, além da idéia de posse, de poder componentes importantes, assim como a noção de limites, fronteiras, vizinhança, acesso, convergência, territorialidade. A noção de territorialidade ainda deve ser explorada na lógica da ocupação e demarcação de poder legal e ilegal, e em diferentes horários e locais, de acordo com os interesses estabelecidos. Sem essa construção conceitual fica muito difícil a adequada leitura do cotidiano e uma compreensão e posicionamento dos laços e relações que mantêm tais estruturas dimensionando uma qualidade de vida conflituosa e insegura em grande parte de situações, bairros, favelas, auto-estradas.
É importante que os alunos compreendam o que é limite, o que é fronteira, e o que define o limite de poder de instituições, grupos sociais, gangs, estados, regiões e países. Tais noções são básicas para se organizar um conhecimento sistemático sobre o território e sobre as situações que territorializam