Pizza
Cada vez maior e mais profissional, o setor das pizzarias movimenta R$ 18 Bilhões por ano em todo o País
UMA MORDIDA EM UM SABOROSO pedaço de pizza contribui, sem que o consumidor perceba, para impulsionar uma bilionária cadeia de produção de alimentos do País. Da farinha de trigo aos motoboys que as entregam em milhões de residências, as redondas movimentam uma indústria de cerca de R$ 18 bilhões por ano – mais do que o PIB da Nicarágua – e garantem milhares de empregos diretos em todo o Brasil. Trata-se de um mercado em expansão e bastante pulverizado. Somente em São Paulo, por exemplo, existem nada menos que seis mil pizzarias. Outros seis mil estabelecimentos, como padarias e lanchonetes, também produzem e vendem pizzas. A cadeia de produção da tradicional iguaria italiana emprega na cidade de São Paulo cerca de 100 mil pessoas, além de 12 mil pizzaiolos e 60 mil entregadores motorizados. Tudo para atender um consumo que chega a um milhão de pizzas por dia, segundo a Associação das Pizzarias Unidas – um número que corresponde a 10% de toda a população do município.
O impacto desse consumo, literalmente, de massa é sentido em várias regiões, no Brasil e no Exterior. O processo de produção da cadeia da pizza começa na área rural do País, nas plantações de tomates e produtoras de queijos, e nos campos de países como a Itália – de onde importamos alguns tipos de tomates – e a Argentina, de onde vem boa parte do trigo, principal matéria prima do setor. Nessa etapa, há números que movem os moinhos. Somente na Grande São Paulo são consumidas nove mil toneladas de farinha de trigo por mês. Por isso, os principais moinhos brasileiros decidiram lançar produtos específicos para os pizzaiolos. O São Jorge, por exemplo, lançou em julho a Farinha do Pizzaiolo, durante a Fispizza, a feira do setor que foi realizado no Anhembi, em São Paulo. “Trata-se de um produto com receita exclusiva, feito a partir de trigo selecionado e importado”, diz