HOLOCAUSTO BRASILEIRO Daniela Arbex, autora do livro Holocausto brasileiro, transforma o silncio em palavras, narrando as histrias alarmantes e surpreendentes, que ocorreram no Colnia, o maior hospcio do Brasil em meados do sculo XX. Pelo menos, sessenta mil pessoas faleceram entre os muros do colnia. Elas chegavam nos famosos trens de doido. A maioria das pessoas eram internadas a fora. Quando chegavam na colnia suas cabeas eram raspadas e eram despidos de suas roupas. Perdiam o nome, ou seja perdiam sua identidade como pessoa, eram rebatizados pelos funcionrios. Cerca de setenta por cento no tinham diagnostico de doena mental. As pessoas trazidas eram epilticos, alcoolistas, homossexuais, prostitutas, meninas grvidas, moas filhas de fazendeiros que perderam a virgindade, pessoas depressivas, eram pessoas que se rebelava, que se tornavam incmodas para pessoas com poder aquisitivo, social e econmico maior. Os pacientes do colnia morriam muitas vezes eletrocutados. No perodo de maior lotao, morriam a cada dia dezesseis pessoas. Ao morrer davam lucro, os corpos era vendidos para faculdades de medicina e quando o mercado j estava superlotado, os corpos eram decomposto em acido para poder comercializar as ossadas. Mas como no bastava a perversidade, era no meio da colnia que isso acontecia para as outras pessoas ficarem vendo. O cheiro do hospcio era horrvel difcil de se suportar.Nada se perdia naquele lugar exceto a vida. As mes passavam fezes sobre a barriga para no serem tocadas, e descobertas que estavam grvidas. S depois do nascimento da criana eram descobertas e rapidamente os bebs eram doados. Daniela Arbex relata vrias histrias de pessoas que viveram no hospcio. Um dos sobreviventes o senhor Antnio Gomes da Silva, que foi levado para l com 25 anos, pelo fato de beber. A colnia era um verdadeiro inferno, o ser humano era tratado como lixo dormiam em capim, eram obrigados a ficarem nus, o ser humano no tinha valor, sua identidade era totalmente perdida a