piratas do vale do silicio
Hoje os tempos são outros e, diferente do que acontecia nos anos 70 e 80, a competitividade entre as empresas é cada vez mais brutal e acirrada. Não basta uma companhia apresentar um bom produto, é preciso colocá-lo no mercado primeiro e, se a cópia é inevitável, que seja possível ganhar dinheiro sobre ele pelo maior tempo possível.
Os órgãos judiciais de nenhum país conseguem acompanhar o ritmo frenético dos lançamentos tecnológicos. Assim, algumas empresas preferem correr o risco de copiar um produto e arcar com as consequências de um processo, colhendo os lucros enquanto podem, pagando multas que ficam abaixo do faturamento e partindo para outras empreitadas.
Até que ponto os piratas do Vale do Silício estão dispostos a chegar para garantir alguns milhões na conta? Casos ocorridos nos últimos anos e novas ideias prestes a serem colocadas em prática mostram que parece não haver limites.
Piratas em alto-mar?
Os verdadeiros piratas do Vale do Silício (Fonte da imagem: Blueseed)
O estereótipo do pirata tem como principal referência os saqueadores de navios que agiam em especial nos séculos XVI e XVII. O termo foi adotado posteriormente na tecnologia e hoje é associado ao desrespeito a contratos e convenções internacionais, como distribuição de material sem o pagamento do direito autoral ou falsificação de produtos.
Contudo, uma ideia polêmica nascida no Vale do Silício pode levar de volta às águas o mesmo clima do auge da época dos clássicos piratas, mas em vez de navios e cidades, os “novos saques” seriam feitos pela internet, criando uma verdadeira zona sem lei não compreendida