Pioneirismo e empreendedorismo
O século XIX assistiu a um monumental desfile de inovações e mudanças no cenário empresarial. O mundo estava mudando. E as empresas também. As condições para o aparecimento da teoria administrativa estavam se consolidando gradativamente. Nos Estados Unidos, por volta de 1820, o empreendimento empresarial privado de maior vulto foi as estradas de ferro, que constituíram um poderoso núcleo de investimentos e de uma nova classe de investidores. Foi a partir das estradas de ferro que as ações de investimento e o ramo de seguros se tornaram populares. As ferrovias permitiram o desenvolvimento do território e provocando sua rápida urbanização que criou novas necessidades de habitação, alimentação, roupa, luz e aquecimento, o que se traduziu num rápido crescimento das empresas voltadas para o consumo direto. Antes de 1850, poucas empresas tinham uma estrutura administrativa definida. Poucas empresas exigiam serviços de um administrador - ou coisa parecida - em tempo integral, pois eram muito pequenas. Em geral, eram negócios de família, em que dois ou três parentes cuidavam das atividades principais. As empresas da época - agropecuárias, mineradoras, indústrias têxteis, estradas de ferro, construtoras, a caça e o comércio de peles, os incipientes bancos - faziam parte de um contexto predominantemente rural, que não conhecia a administração. O presidente era tesoureiro, comprador ou o vendedor e atendia aos agentes comissionados. Se o negócio prosperava, os agentes se tornavam sócios da firma, o que permitia integrar produção e distribuição. Nesse período começam a surgir os grandes conglomerados. Os "criadores de impérios" passaram a comprar seus concorrentes mais próximos, seus fornecedores ou distribuidores com a finalidade de garantir seus interesses. Juntamente com as empresas e instalações vinham também os antigos donos e respectivos empregados. Surgiram os primitivos impérios industriais, aglomerados de empresas que