Resumo mudança e gestão de processo em organização pública
O artigo relata a adoção da gestão por processo na Embrapa com o objetivo de proporcionar maior flexibilidade na gestão e melhores resultados. O movimento de mudança da gestão pública teve início dos anos 90 após a privatização de 40 estatais, que até então haviam se mostrado lentas, burocráticas e deficitárias. Quando passaram para o comando privado, conseguiram reerguer-se por meio de bons planos de gestão, incluindo redesenho total de seus processos. Os bons resultados fizeram com que empresas públicas adotassem o mesmo modelo de gestão, pois no ano 2000 foi publicada a Lei de Responsabilidade Fiscal, pela qual todas as empresas públicas teriam metas financeiras. Essas exigências do ambiente externo, somada à pressão da opinião pública, levaram muitas empresas a estabelecer os chamados “choques de gestão”.
Implementar uma cultura de processos na gestão pública, torna-se um desafio, pois as empresas estatais, até então, lentas, burocráticas e sem foco no cidadão, se veem obrigadas a enxergar seu negócio a partir da ótica do cliente. A gestão por processos passa necessariamente pela identificação dos requisitos dos clientes. Requisitos que vão transformar-se em indicadores de desempenho individuais ou coletivos, que viram item de negociação na participação dos lucros e/ou resultados.
Com a necessidade de entregar contas públicas em ordem, sob pena da responsabilização fiscal e atender as necessidades e expectativas dos clientes (ou cidadão); as empresas estatais centram-se nos processos, organizando-os, com foco nos processos principais e na terceirização dos processos de apoio, deixando de tornar-se um simples e oneroso depósito de mão de obra.
Algumas empresas precisam mudar pois além dos fatores já citados, também veem-se ameaçadas pela concorrência privada, como é o caso da Sabesp, que pode ser trocada pelo poder municipal por qualquer empresa privada que opere o sistema de água e esgoto da