Pio IX
Em julho de 1953, tendo como resultado de sua safra apenas meia saca de feijão, de uma seca sem fim, a família de Seu Acelino saiu com uma caravana de 53 pessoas, entre crianças e adultos, rumo ao maranhão. Andaram 23 dias e meio. Os adultos a pé e as crianças se revezando em cima das cargas dos jumentos, até chegar a Palestina (atual Graça Aranha -MA) e arriscar um bom inverno por lá. Não fazendo parte da cultura daquela localidade o aproveitamento do milho, assim se valeu esse povo das roças de milho emprestadas. Em 1966 chega de volta ao Pau Ferro Seu Acelino, e da Palestina-MA traz a brincadeira do Bumba-meu-boi, do jeito que se brincava lá.
Dois caboclos eram vestidos com uma saia feita de penas. Com o croá também se fazia um cinturão e penduravam-se tiras, pintadas de tinta em cores variadas. O nego Chico e o Cazumbá trajavam mulambos e Catirina usava um vestido velho, como se estivesse grávida .
Começava a brincadeira com doze rapazes dançando, rodando em torno do boi. Em um certo momento entra o Nego Chico e Cazumbá, que a pedido de Catirina se preparam para matar o boi
Ao acertar o boi de paulada Nego Chico foge e o comandante da brincadeira começa a entoar as cantigas pra saber quem matou o boi e para mandar prender o culpado.
Nego Chico não se entrega. O comandante canta:
Boa noite Nego Chico Como vai como passou (bis) Comendo sua carne podre Roendo seu corredor
Nego Chico responde:
No ninho da siriema Onde canta o sabiá Mas eu tava aqui sozinho Com a Catarina e o Cazumbá
Daí o comandante apela para que os caboclos reais peguem Nego Chico. Ele se entrega. O cabloco o traz pra perto do ‘amo”, que começa a investigar porque ele matou o boi. Nego Chico conta que a mulher tava desejando comer a língua do boi.
A partir daí começa a peleja com tudo quanto é doutor afim de ressuscitar o boi. Toda a brincadeira acontece