Pintura metafísica

PINTURA METAFÍSICA

Pintura metafísica foi fundada pelo artista e escritor Giorgio de Chirico (1888 – 1978), um dos destaques artísticos da arte moderna. Arte Metafísica é tudo aquilo que se oculta atrás do aspecto corrente das coisas. Os objetos adquirem sentido na realidade através da memória de quem os recebem, as coisas adquirem um aspecto novo e inquietante, “o aspecto fantasmagórico e metafísico que só uns poucos indivíduos podem ver em momentos de clarividência e abstração metafísica” diz Chirico. Procura-se revelar aquilo que as coisas ocultam vistas pela primeira vez, o fundador da pintura resumia esta dedução desta forma; “Libertar a pintura de uma vez por todas do antropomorfismo”. Tudo começou em 1910, na Praça da Santa Croce de Florença, De Chirico convalescia de uma doença e “todo mundo que me rodeava, inclusive o mármore dos edifícios e das fontes, me parecia convalescente”. Havia uma escultura de Dante nesta praça: “o sol outonal, cálido e forte, iluminava a estátua e a fachada da igreja. Tive então a estranha impressão de ver aquelas coisas pela primeira vez.”. Desta visão saiu Enigma de uma tarde de Outono. Nas suas obras ele aborda certas interpretações através de elementos como: Quadros de cidades desertas e congeladas, povoadas de misteriosas arcadas em perspectiva, sombras estendidas, manequins, torres e lareiras. Ele se expressa de forma vagamente ameaçadora como se os objetos e lugares houvessem se desprendido da sua realidade para adquirir uma vida espectral, insólita e misteriosa.
Apollinaire foi quem qualificou suas obras de Metafísica. De Chirico não pintava sonhos, nem pretendia exprimir exatamente o mundo do irreal, suas obras eram mais refratarias à interpretação.
Através do surgimento da revista Valori Plastici, onde os dois artistas metafísicos estavam ingressados (Carrá e De Chirico), o artista Giorgio Morandi apresentou-se para a arte metafísica, exibindo suas pinturas metafísicas dos objetos vulgares.