A pintura gótica desenvolveu-se nos séculos XIII, XIV e início do século XV, quando começou a ganhar novas características que prenunciam o Renascimento. Sua principal particularidade foi a procura do realismo na representação dos seres que compunham as obras pintadas. No século XIII, o pintor mais importante é Giovanni Gualteri, conhecido como Cimabue. O seu trabalho ainda é influenciado pelos mosaicos e ícones bizantinos, mas já existe uma preocupação o realismo das figuras humanas. O artista procurava dar algum movimento a figura dos anjos e santos através das posturas dos corpos e do drapeado das roupas. Porém ainda não conseguiam dar a ilusão de profundidade do espaço. As obras mais importantes foram feitas para a igreja de São Francisco, em Assis, Itália. Um bonito exemplo da pintura deste artista florentino, considerado um dos iniciadores da pintura italiana, é uma têmpera sobre madeira, conhecida como Madona entronizada. Esta obra encontra-se no Museu de Louvre. Madona Entronizada – Cimabue Museu de Louvre, Paris Outro importante pintor foi o Florentino Ambrogiotto Bondone, conhecido como Giotto. A maior parte de suas obras foram afrescos que decoraram igrejas. Dentre estas pinturas estão, por exemplo, A Prédica diante de Honório III, para a igreja de São Francisco, em Assis, e O Juízo Final, para a capela dos Scrovegni, em Pádua. A característica principal da pintura de Giotto foi a identificação da figura dos santos com os seres humanos de aparência bem comum. E esses santos com ar de homem comum eram o ser mais importante das cenas que pintava, ocupando sempre posição de destaque na pintura. Assim, em obras como o Retiro de São Joaquim entre os Pastores, ou Lamento ante Cristo Morto. Retiro de São Joaquim entre os Pastores – Giotto Afresco da capela dos Scrovegni O crescimento do comércio fez com que as cidades se desenvolvessem e gerassem uma