Pimentas
Com a chegada dos navegadores portugueses e espanhóis ao continente americano, muitas espécies de plantas foram descobertas, entre elas as pimentas. As pimentas do gênero Capsicum já eram utilizadas pelos nativos e mostraram-se mais picantes (pungentes) que a pimenta-do-reino ou pimenta-negra, do gênero Piper, cuja busca foi, possivelmente, uma das razões das viagens que culminaram com o descobrimento do Novo Mundo.
Diversos relatos de exploradores do Brasil-colônia demonstram que a pimenta era amplamente cultivada e representava um item significativo na dieta das populações indígenas. Ainda hoje, a importância das pimentas continua grande, seja na culinária, nas crenças, na medicina alopática ou natural e inclusive como arma de defesa. São remédios para artrites (pomadas a base de capsaicina), dores musculares (emplastro ‘Sabiá’), dor de dente, má digestão, dor de cabeça e gastrite. A capsaicina, responsável pela pungência das pimentas, é a única substância que, usada externamente no corpo, gera endorfinas internamente que promovem uma sensação de bem-estar, acionando o potencial imunológico.
-As pimentas são parte da riqueza cultural brasileira e um valioso patrimônio de nossa biodiversidade. São cultivadas em todo território nacional, desde o Rio Grande do Sul até Roraima, em uma imensa variação de tamanhos, cores, sabores e, é claro, picância ou ardume.
-‘Malagueta’, ‘Dedo-de-Moça’, ‘Doce Americana’, ‘Chapéu de Bispo’, ‘Cumari Amarela’, ‘Bode’, ‘De Cheiro’, ‘tabasco’ ‘Murupi’, ‘Biquinho’ são apenas algumas das inúmeras pimentas cultivadas no Brasil, todas parentes muito próximas dos pimentões.
-O agronegócio das pimentas é muito mais relevante do que se imagina, e envolve diferentes segmentos, desde as pequenas fábricas artesanais caseiras de conservas até a exportação de páprica por empresas multinacionais que competem no mercado de exportação de especiarias e temperos.
-Nos últimos anos, as pimentas têm ganhado