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Os autores, seguindo de certa forma o caminho trilhado por todos os grandes iniciadores, vão buscar nos rudimentos mesmo do comportamento humano, resumido em sete axiomas, a base para o estabelecimento de princípios e definições que permitirão construir um quadro de referência do que é a religião, distingui-la dos outros aspectos da vida pessoal e social e iluminar dedutivamente as características que a história comparada, a psicologia e a sociologia constatam e procuram explicar a partir do fenômeno religioso.
Como se pode perceber pela simples leitura dos sete axiomas, expostos no segundo capítulo, trata-se de encarar a religião como um comportamento puramente humano na busca de recompensas, evitando o que é mais custoso. No seu desenrolar, a atividade humana busca seguir determinados processos em função da obtenção de resultados. A religião é tecnicamente considerada um "compensador", ou seja um passo intermediário que garante, nem sempre de maneira clara, mas com um grau variável de certeza, a obtenção não só de recompensas, mas também de uma recompensa final que dá sentido a toda a busca humana.
A partir desses princípios, a obra se desenvolve qual explicação dedutiva de praticamente todos os aspectos da religião, tanto os já comumente estudados, a evolução da idéia de divindade, por exemplo, e a existência de uma classe especial para o trato com o sagrado, como os que ainda apresentam grandes zonas de interrogação, a serem esclarecidas pelo desenvolvimento da pesquisa, como, por exemplo, a emergência dos movimentos religiosos em geral, inovadores e cismáticos, como a importância nova que assume o secularismo e a laicidade em relação ao universo religioso.
A obra nos