PIERRE E MARIE CURIE
Pierre e Marie Curie construíram as bases do conhecimento moderno do átomo. Famosos, premiados, reclamavam que não podiam trabalhar tanto quanto queriam. Quando se fala em átomo, urânio, radioatividade, a primeira ideia que vem à cabeça é a de uma imensa usina recheada de aparelhos sofisticados. Mas foi num pequeno galpão improvisado em laboratório, mais parecido com um celeiro ou uma estrebaria, que, em dezembro de 1898, o casal francês Pierre e Marie Curie fez uma descoberta que está na base da ciência moderna: o elemento químico a que chamaram radium. Eles trabalhavam com duas panelas em um fogão que esquentava mal e escreviam suas anotações sobre mesas ordinárias de madeira. O lugar, nos fundos da modesta Escola Municipal de Física e Química, em Paris, onde Pierre era professor, tinha sido emprestado pela diretoria. Foi desse trabalho quase primitivo que brotaram dois prêmios Nobel, atribuídos, um, ao casal e, outro, a Marie Curie, já viúva.
O casal Curie formou uma notável parceria e fez grandes descobertas, como o polônio, elemento químico assim denominado em homenagem à terra natal de Marie, e o rádio, ambos de importância fundamental no grande avanço que seus estudos imprimiram ao conhecimento da estrutura da matéria. O rádio foi assim chamado depois que o casal Curie constatou nesse elemento o fenômeno físico descrito por Henri Becquerel em 1896 e que ele chamou radioatividade.
Seus trabalhos tornaram possível o aproveitamento das propriedades radioativas dos elementos químicos e a criação de tecnologias relacionadas ao uso dos raios X e da energia nuclear.
Mas, apesar dos danos que pode causar, a radioatividade e o rádio passaram a ser usados na medicina como queria Pierre. Diversos elementos radioativos são hoje aplicados no tratamento do câncer, inclusive o rádio, de onde se obtém o gás radônio. Sem contar aparelhos, como o tomógrafo, que funciona a base de radioisótopos.
2. A VIDA DE PIERRE E MARIE CURIE