Madame Curie
Imagine quantas dificuldades uma mulher precisava enfrentar, no século XIX, para correr atrás dos seus sonhos. Marie Sklodowska Curie foi uma pioneira, tanto por sua coragem e determinação, como por suas descobertas científicas. E foi reconhecida por isso, apesar de todos os preconceitos de uma sociedade machista e conservadora: ela não só foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel em Ciências, mas também a primeira pessoa a receber duas vezes essa condecoração. Grande expoente do estudo da Química, a polonesa de origem humilde nasceu em Varsóvia, em 1867. A região dominada pelo império russo sofria as consequências negativas ditatoriais, inclusive na área cultural: livros, músicas e peças teatrais eram censurados e os alunos eram obrigados a consumir conteúdo cultural genuinamente russo.[1]
Jovem procedente de uma família de intelectuais, Marie Curie reunia-se com membros da família para ampliar conhecimento em diversas áreas, incluindo informações relacionadas ao seu país. Marie Curie promovia sessões de leitura de livros proibidos pela censura russa e como pertencia a uma família que valoriza as correntes de pensamento, Marie tomou gosto pela leitura e tornou-se uma adolescente muito aplicada. Sua postura a favor da cultura polonesa fez com que ela tivesse um conhecimento acima do que era determinado pela nação dominante. Apesar do alto nível intelectual, a família de Curie tinha baixo poder aquisitivo. Para ajudar a irmã em seus estudos de medicina na França, Marie trabalhou como governanta em casas de família ricas em Varsóvia e Szczuki. Em 1891, a futura cientista muda-se para Paris para morar com a irmã. Marie aprofundou seus estudos de física, matemática e química na Universidade de Paris, onde conseguiu com muitas dificuldades obter as licenciaturas em Física (1893) e Matemática (1894). Apesar de todos os esforços para chegar até aí, os desafios da carreira de Marie estavam apenas começando.[2]
2.Início da vida acadêmica
A obstinada