PIAGET
Como para os liberais está dado o fato de que todos não conseguirão “vencer”, importa então impregnar a cultura do povo com a ideologia da competição e valorizar os poucos que conseguem se adaptar à lógica excludente, o que é considerado um “incentivo à livre iniciativa e ao desenvolvimento da criatividade”. Mas, e o que fazer com os “perdedores”? o próprio Banco Mundial tem declarado explicitamente que “as pessoas pobres precisam ser ajudadas, senão ficarão zangadas”(14).
Os reflexos diretos esperados pelo grande capital a partir de sua intervenção nas políticas educacionais dos países pobres, em linhas gerais, são os seguintes:
a) garantir governabilidade (condições para o desenvolvimento dos negócios) e segurança nos países “perdedores”;
b) quebrar a inércia que mantém o atraso nos países do chamado “Terceiro Mundo”;
c) construir um caráter internacionalista das políticas públicas com a ação direta e o controle dos Estados Unidos;
d) estabelecer um corte significativo na produção do conhecimento nesses países;
e) incentivar a exclusão de disciplinas científicas, priorizando o ensino elementar e profissionalizante.
Mas, é evidente que parte do resultado esperado por parte de quem encaminha as políticas educacionais de forma global fica frustrada por que sua eficácia depende muito da aceitação ou não de lideranças políticas locais e, principalmente, dos educadores.
As maiores alterações que ultimamente tem sido previstas estão chegando às escolas
Por isso, vamos apresentar, em grandes eixos, o que mais claramente podemos apontar como consequências do neoliberalismo na educação:
1- Menos recursos, por dois motivos principais:
a) diminuição da arrecadação (através de isenções, incentivos, sonegação...);
b) não aplicação dos recursos e