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1- O ASPECTO MAIS INTERESSANTE DO FILME
Em uma sequencia de blocos são demonstrados detalhadamente como as grandes corporações reforçam a desigualdade social, são altamente nocivas ao meio ambiente, promovem incríveis rituais de tortura aos animais, negligenciam a saúde dos consumidores, patenteiam recursos naturais, criam necessidades através de suas publicidades massificadoras e, geram um alto lucro financeiro para a corporação e uma miséria para os demais.
Seguindo a linha de raciocínio do filme, este é esquema em que entidades malditas estão à frente de instituições sérias. Não se pode conversar com uma entidade desse tipo. Não se pode ter sua atenção. Realiza-se assim um ciclo no qual ninguém tem culpa. No qual culpa é do sistema. No qual o sistema é, aparentemente, uma força natural para eles. Sobre isso, Michael Moore chama a atenção para o relevante fato de que estas empresas são, na grande maioria, dirigidas por homens brancos e ricos, que vivem em um mundo fechado. Ele ressalta que, diferente do mundo dos diretores executivos de grandes corporações, o mundo real é feito por mulheres, homens, negros, índios, pobres etc.
A questão é que são estes homens (que segundo Moore não conhecem o mundo real) que recriam e reforçam este sistema que recaí sobre as pessoas como algo natural. Se o tal sistema foi criado e é mantido por pessoas, então ele não é natural.
O consolo, apresentado no filme, é a possibilidade de enfrentar a tirania das grandes corporações. Manifestações, protestos, pressões por mudanças na lei, são formas possíveis deste enfrentamento de controle e tutela do Estado. Mais do que isso, o filme se coloca como próprio agente de protesto. Ao disseminar suas análises, seus estudos e suas observações e ao levantar a cruel realidade promovida pelas grandes corporações, o filme reforça o principal elemento de resistência e de luta: a consciência.
2- CORPORAÇÕES X