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A Petrobras salva o Brasil ou o Brasil salva a Petrobras?
A resposta dos investidores ao anúncio de “desinvestimento” feito pela Petrobras foi rápida – e positiva. As ações da petrolífera abriram em alta com a notícia de venda de ativos para gerar US$ 13,7 bilhões de caixa para companhia. O mercado financeiro já esperava alguma medida desse tipo, mas não com esse montante. O patrimônio da Petrobras é grande e vale muito. Não deve faltar interessado em adquirir algum naco de uma das maiores empresas do mundo. Afinal, tem para todos os gostos: exploração, produção, abastecimento, gás e energia. Só faltou dizer exatamente que ativos são esses: de muito ou pouco valor? Já em operação em construção? Imunes ao contagio da Lava Jato ou não? “Se você pensar na cifra anunciada, de US$ 13 bilhões, isso é não relevante para o mercado como um todo. Claro que precisamos saber que ativos estarão à venda, mas não há dúvida de que há interesse. Para se ter uma ideia, a Exxon Mobil (a maior do setor) tem um balanço de US$ 365 bilhões”, disse ao G1 um operador especialista no mercado de ações de um grande fundo de investimentos. A decisão da Petrobras pode aliviar a necessidade de financiamento da operação e, de quebra, fazer algum caixa. Acontece que, falar em desinvestimento num momento em que o investimento propriamente dito está em queda, gera novos alertas para o momento da recuperação da economia. A estatal é a maior “investidora” do país e toda vez que ela joga um seixo na água, as ondas vão se propagando pela cadeia de produção vinculada a ela. “Para as empresas que compõem a cadeia de produção da Petrobras, machuca muito mais ficar sem receber o pagamento dos contratos em andamento, que foi suspenso em função das investigações da Lava Jato, do que a venda de alguns bilhões de dólares em ativos”, avalia o especialista. Ou seja, o “seixo” da corrupção é maior do que o da gestão da crise. A batalha