Pessoa ética cidadania
Alguns, em nome do conceito de pessoa, defendem a dignidade do embrião afirmando que todo ser humano é pessoa e merece ser tratado como tal. Outros, baseados no mesmo conceito, fazem o contrário, introduzindo uma separação entre ser humano e ser pessoa: defendem a dignidade da pessoa, mas negam que todo ser humano possa ser considerado pessoa. Para se pensar uma bioética global, é preciso construir uma reflexão que defenda a dignidade de todo ser humano, consciente de que se está lidando com uma diversidade de antropologias, base da diversidade cultural. Essa posição não nega a dualidade, mas mostra que a dignidade repousa sob o conceito de humano porque este envolve o conceito de pessoa.
A perda de parâmetros éticos é o ponto paradoxal de todo este processo. O homem alcançou um grau de desenvolvimento tecnológico nos últimos 400 anos superior à toda a sua existência na Terra nos últimos 10.000 anos quando da revolução agrícola. Contudo, seu desenvolvimento moral parece não ter tido o mesmo curso. Palavras como honestidade, dignidade, honra, respeito parecem vazias de sentido na nossa nova sociedade. Atribui-se muito mais valor ao Ter do que ao Ser, A vida é manipulada geneticamente, a concentração da riqueza nas mãos de poucos e a distribuição da miséria para muitos é cada dia maior.
Diante de tal realidade, somos levados a dizer e acreditar que a função social da escola é formar gerentes de informação e agentes de transformação e não meros acumuladores de dados.