Pesquisa
Recebe o nome de "modo de produção asiático" o modo como se estruturava a economia e a produção de bens nos primeiros estados surgidos no Oriente, como por exemplo Índia, China e Egito. A agricultura, que fez o homem abandonar o nomadismo, continuava sendo a mola propulsora de todas as comunidades mais avançadas que iam surgindo, mas agora, quem era responsável pelo cultivo eram comunidades de camponeses presos à terra, que não podiam abandonar seu local de trabalho e viviam sob um regime de servidão coletiva, ou seja, os responsáveis, em última análise, pelo sustento de todo um estado, já sofriam sob um regime de exploração de alguém que conseguiu arregimentar poder através da força. Logicamente, todas as terras pertenciam ao Estado, representado pelas figuras do imperador, rei ou faraó, que se apropriavam do excedente agrícola, dividindo-o entre a nobreza, formada por sacerdotes e guerreiros. Esse cenário caracterizava um estado centralizador, onde reis ou imperadores eram venerados como verdadeiros deuses, e por isso mesmo, tinham o poder de controlar a produção de alimentos, favorecendo ou não o seu povo, mediante satisfação de seus desígnios. Nos períodos entre-safras, era comum o deslocamento de grandes levas de servos e escravos que iriam trabalhar nas imensas obras públicas, especialmente canais de irrigação e monumentos. Este tipo de poder recebeu o nome de despotismo oriental, e suas características principais eram a formação de grandes comunidades agrícolas e apropriação do excedente de produção, tornando estas civilizações as primeiras sociedades estratificadas, ou sociedades de classe. O ser humano completava assim, um ciclo, de indivíduo nômade, coletor a membro de uma sociedade de classes. A partir daí, predominaria um modelo de servidão onde de um lado ficavam os exploradores, e do outro, os explorados, embora nessa época o conceito de propriedade privada