Pesquisa
REV: NOVEMBER 3RD, 2006
CHRISTOPHER A. BARTLETT
ANDREW N. MC LEAN
A Máquina de Talentos da GE: Formando um CEO
Por mais de um século, a General Electric (GE) havia sido reconhecida como uma das líderes mundiais em negócios diversificados, encontrando-se regularmente no topo ou perto do topo das corporações mais admiradas dos USA e do mundo. Desde sua fundação em 1878, por Thomas
Edison, a companhia cresceu para ser um titã no mundo de geração, distribuição e uso de eletricidade
– e um modelo de prática de administração moderna muito seguido. A GE foi pioneira no controle corporativo centralizado nos anos 30, um exemplo da forma de organização multidivisional descentralizada nos anos 50, líder no planejamento estratégico nos anos 70, e um modelo de competidor global ágil e enxuto dos anos 90.
Ao longo de sua história, a GE sempre promoveu seus mais altos líderes dentre seus colaboradores. As práticas muito admiradas de desenvolvimento dos executivos da companhia estavam enraizadas nos valores culturais colocados em prática por Charles Coffin, o CEO que sucedeu Edison em 1892. Nos vinte anos que se seguiram, o comprometimento de Coffin em criar uma meritocracia baseada na medição do desempenho se tornou a plataforma de uma cultura que faria da GE “uma fábrica de CEOs”, como um observador a chamou1. Ao longo do século XX, essa máquina produziu muitos gerentes qualificados que não apenas atenderam às necessidades da própria companhia, mas também tornaram-se uma fonte importante de CEOs para outras companhias americanas. A façanha de Coffin foi tão poderosamente duradoura que em 2003 um artigo da “Fortune Magazine” o chamou de “o maior CEO de todos os tempos”2.
Em 7 de setembro de 2001, quando Jeff Immelt, com 44 anos de idade, foi nomeado o 12º líder da companhia após Edison, ele se defrontou com um enorme desafio, pois não apenas teria que liderar uma companhia global de US$130 bilhões, gerenciando negócios desde equipamentos de