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Manaus – AM
2014
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE
Jaqueline Cardoso Bastos
REDAÇÃO AVALIATIVA
Manaus – AM
2014
NO
Em 1988, depois de 15 anos de ditadura imposta pelo governo de Augusto Pinochet, o povo chileno teve a chance de votar na continuidade do presidente em um plebiscito nacional. Era "Sim", para manter Pinochet no cargo por mais oito anos, ou "Não", para expulsá-lo do poder. Obviamente a população estava dividida, uma parcela do povo vivia muito bem, trabalhava, seus filhos estudavam, mas isso às custas dos 40% de miseráveis no país. Era preciso que uma mensagem abrisse os olhos dessas pessoas, vencendo assim esta barreira fomentada pela alienação e medo.
"No", filme dirigido e roteirizado de forma brilhante por Pablo Larraín, se baseia no manuscrito não publicado "El Plebiscito", escrito por Antonio Skármeta. A obra, de tom documental vertiginoso, explora as estratégias publicitárias utilizadas em ambas as frentes - O "Sim" e o "Não" teriam campanhas eleitorais na TV de 15 minutos cada. Mas as propostas do filme não param por aí. A ideia primordial de Larraín foi realizar uma reconstrução histórica do acontecimento, homenageando todos os envolvidos na campanha do "Não", e obviamente condenando os do "Sim". Seguindo então este propósito, o resultado alcançado foi magnífico, pois, além de se utilizar de imagens reais das campanhas, ele convocou pessoas que realmente participaram dos vídeos - enquanto na ficção os mesmos estão envelhecidos, nos vídeos originais os vemos jovens, uma licença poética de méritos incalculáveis. Atenciosamente, o diretor realizou uma espécie de bastidores das peças que foram ao ar, reproduzindo as filmagens das cenas que as compunham. "No" explora também todos os problemas enfrentados pela equipe "comunista". Os artifícios de intimidação perpetrados