Pesquisa Qualitativa

1 INTRODUÇÃO

Há muitos anos, na história da ciência, os estudos científicos vêm sendo pautados, em sua maioria, por métodos quantitativos para explicação dos fenômenos estudados. Todavia, os estudos com métodos qualitativos, muito utilizados por antropólogos e sociólogos, vêm ganhando espaço em outras áreas das ciências.
Apesar de ambas as abordagens – quantitativa e qualitativa - possuírem a mesma finalidade de descobrir novas informações ou relações, ampliação e verificação do conhecimento existente e de novos conhecimentos, os processos realizados nestas situações são completamente diferentes.
Por um lado, em um método quantitativo espera-se que o pesquisador possua operacionalmente definidas variáveis claras e suas hipóteses estejam bem especificadas. Nesse tipo de abordagem busca-se quantificação e medição específica dos resultados de maneira precisa, de tal forma a evitar distorções na análise e interpretação dos resultados. Isto traz segurança às análises realizadas.
Diferentemente, um método qualitativo não se atém a enumerar ou quantificar os resultados ou a utilizar-se de funções matemáticas em seu processo de busca de informação. O foco neste caso é no alcance de dados descritivos através de contato direto do pesquisador com o fenômeno estudado, a respeito das pessoas, lugares ou processos relacionados. Busca compreender os fenômenos sob a perspectiva dos sujeitos de pesquisa.
Pesquisas qualitativas podem ser vistas como “pesquisa de campo” ou “pesquisa naturalística”. Muito utilizada por antropólogos e sociólogos, a pesquisa de campo recebeu este nome devido ao fato de ser conduzida em campo, diferentemente de pesquisas que eram realizadas em laboratório. Nesse caso, o pesquisador possui contato direto com o ambiente do sujeito pesquisado.
Nas pesquisas naturalísticas, da mesma forma que na pesquisa de campo, o pesquisador observa o sujeito pesquisado em seu habitat natural, porém, sem intervir em suas ações. Estas observações vão sendo