PESQUISA PARTICIPATIVA E DE AÇÃO
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A Pesquisa Participativa e Pesquisa-ação A pesquisa participativa tem sido mais facilmente caracterizada do que definida na literatura especializada. Haguette (1990) define como sendo um processo de: investigação, de educação e de ação, embora enfatize também a organização como um componente fundamental da pesquisa participativa (PP). Apesar da clareza com que estes componentes são explicitados empiricamente, restam muitas ambigüidades em nível das especificidades da PP quando confrontada com a pesquisa convencional. Borda (1983, citado por Haguette, 1990), define a PP como uma pesquisa da ação voltada para as necessidades básicas do indivíduo, que responde especialmente às necessidades de populações que compreendem operários, camponeses, agricultores e índios, levando em conta, suas aspirações e potencialidades de conhecer e agir. É a metodologia que procura incentivar o desenvolvimento autônomo (autoconfiante) a partir de bases e uma relativa independência do exterior. Freire (1990) diz: “No uso de instrumentos de pesquisa, a minha opção deve ser libertadora, se a realidade se dá a mim não como algo parado, imobilizado, posto aí, mas na relação dinâmica entre objetividade e subjetividade. Não posso reduzir os grupos populares a meros objetos de minha pesquisa. Simplesmente não posso conhecer a realidade de que participam a não ser com eles, como sujeitos também deste conhecimento que, sendo para eles, um conhecimento do conhecimento anterior (o que se dá ao nível da sua experiência cotidiana) se torna um novo conhecimento. Na perspectiva libertadora em que me situo, a pesquisa, como ato de conhecimento, tem como sujeitos cognoscentes, de um lado, os pesquisadores profissionais; de outro, os grupos populares e, como objeto a ser desvelado, a “realidade concreta”. Thiolent (2004), utiliza o termo metodologia da pesquisa-ação, definindo-a como sendo um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e