pesquisa-ação
A Pesquisa-Ação é definida por Thiollent (1985, p. 14) como uma pesquisa com base empírica, "realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo". O termo Pesquisa-Ação foi cunhado em 1946 por Kurt Lewin (1946), ao desenvolver trabalhos que tinham como propósito a integração de minorias étnicas à sociedade norte-americana. Assim, definiu Pesquisa-ação como a pesquisa que contribui não apenas para a produção de livros, mas que conduz à ação social.
A pesquisa-ação tem características situacionais, já que procura diagnosticar um problema específico numa situação específica, com vistas a alcançar algum resultado prático. Diferentemente da pesquisa tradicional, não visa obter enunciados científicos generalizáveis. Embora a obtenção de resultados semelhantes em estudos diferentes possa contribuir para algum tipo de generalização. Martins (2006, p. 47-48) a vê, no âmbito das organizações, como "uma proposta de pesquisa mais aberta, com características de diagnóstico e consultoria para clarear uma situação complexa e encaminhar possíveis ações, especialmente em situações insatisfatórias ou de crise".
Macke (2006) apresenta um quadro bem completo da pesquisa-ação, identificando as bases filosóficas para uma filosofia do conhecimento e da ação, e consequentemente da ciência da ação, em que o conhecimento estaria a serviço dessa ação e de processos de mudança, desvinculado do conhecer por conhecer. A mesma autora traça o quadro da discussão entre aqueles que veem a pesquisa-ação como uma forma ou variante do estudo de caso e outros autores que a enxergam como uma modalidade que vai além do estudo de caso. Isso porque, segundo Argyris (apud MACKE, 2006, p. 223) na pesquisa-ação o "envolvimento dos participantes no processo de mudança faz com que eles pensem e reflitam sobre o que estão fazendo".
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