Pesquisa online e offline
A pesquisa online ainda é muito questionada enquanto método de coleta de dados (CAWI). A razão para isso é simples: a população com acesso à Internet não é representativa da população em geral devido ao – ainda – baixo nível de acesso à internet. Portanto, a cobertura da internet é um fator limitante da aplicação desse modo de coleta de dados.
Muito provavelmente, esta continuará sendo uma restrição ao uso da pesquisa online por muito tempo ainda quando o objetivo for representar a população em geral.
Acontece que nem sempre queremos representar a população em geral e, neste caso, a pesquisa online é um método de coleta de dados a ser considerado sempre, por diversas razões. As duas razões mais significativas são: o custo e o tempo.
Os dois modos de coleta de dados alternativos a coleta online são o telefone (CATI) e as entrevistas face a face. Vamos chamar estes dois modos de coleta de offline. Os métodos offline podem representar melhor a população em geral. A representatividade de um levantamento offline depende dos procedimentos de campo que forem utilizados. Por exemplo: é difícil entrevistar pessoas que trabalham fora, ou em moradias sem acesso (vilas, condomínios, prédios, etc.). As empresas de pesquisa fazem de tudo para minimizar os problemas de representatividade. Trabalham à noite ou nos finais de semana para encontrar as pessoas em casa, esperam que as pessoas saiam de seus apartamentos e condomínios para que possam ser abordadas na rua, etc.
No caso específico da coleta de dados por telefone, a atualização das listas telefônicas é fundamental para a qualidade final do trabalho. Na coleta face a face o desafio maior é imposto pela falta de segurança nas cidades. O nível de recusa, que ocasiona um viés de não resposta, é cada vez maior.
Concluindo, os modos de coleta offline também têm restrições quanto a representatividade e não a podem garantir.
Então, que tal adotar procedimentos de coleta de dados mistos de forma a