Pesquisa na engenharia
Após o nascimento da ciência moderna e do aparecimento daquilo que convencionou chamar de tecnologia - o que aconteceu mais ou menos a partir do século 17 -, a civilização humana não foi mais a mesma. Nem a engenharia. A aplicação da ciência nas ações técnicas por certo foi responsável pela grande evolução dos meios de transporte e comunicação, dos equipamentos cirúrgicos e de lazer, dos processos de fabricação, dos utensílios domésticos. O grau de dependência que a sociedade moderna tem dos resultados da ciência e da tecnologia é tal que não podemos mais conceber a sua existência sem estes dois empreendimentos humanos. Praticamente tudo o que se faz hoje tem relação direta ou indireta com elas. Escovar os dentes, assistir à televisão, surfar, ler uma revista, escutar música ou realizar uma experiência de laboratório seriam, sem as contribuições da ciência e da Tecnologia, tarefas impossíveis ou pelo menos bem mais dificultosas. Mesmo assim, poucos compreendem o que elas são ou o que representam. De fato, compreender as suas bases, a sua amplidão e os seus efeitos não é tarefa fácil, pois não temos o costume de encará-las como parte da nossa cultura. E também porque a ciência em si e os produtos tecnológicos são mesmo mais complexos do que os acontecimentos e explicações do dia-a-dia. E como se fosse urna forma diferente de ver as coisas. Às vezes são até contrárias ao senso comum, necessitando análises mais rigorosas e mais elaboradas para fazerem sentido. Isso tudo gera dúvidas. E quando diante de dúvidas, é fácil fantasiarmos um pouco em relação ao que cada uma delas representa. Além do mais, há a concorrência da pseudociência, da má ciência e das nossas crenças mais arraigadas em nossa forma de pensar. Esses modos alternativos de enxergar o mundo, por serem baseados em crenças e dogmas não racionalmente comprováveis, e por estarem calcados em experiências do cotidiano e em nossas esperanças do dia-a-dia, costumam tomar